É saudade, que bate no meu coração
Hoje faz exactamente 1 mês de prisão domiciliária, como alguém muito especial gosta de lhe chamar. Ou, por outras palavras, 1 mês de teletrabalho que passou a lay-off que, consequentemente, podemos agora chamar de quarentena voluntária. E nesta altura do campeonato todas as emoções são válidas. Repito, todas! Há dias em que me sinto feliz q.b., há dias em que arranjo mil e uma formas de me entreter e tenho esperança que vamos sair disto pessoas melhores, num mundo também ele mais bonito. Depois existe o outro lado da moeda. Nem todos os dias são arco-íris, nem todos os dias acredito no #vaificartudobem. O que mais me custa são as saudades. Faltam-me as pessoas, falta-me aquele abraço, falta-me o mar, falta-me o trânsito e a rotina. Começa a faltar-me a esperança. Porque, a bem dizer, podemos sair desta pandemia mais humildes mas também é certo que vamos sair sem saber o que nos espera. Sem certezas a nível profissional. E não há livro, horas na cozinha ou casa por limpar que consigam colmatar este sentimento e inerente nó na garganta.
Tenho tentado categorizar os problemas. Por agora, só me interessa sair deste pesadelo e ver as minhas pessoas novamente comigo, com saúde. Depois, lá irei pensar no resto. Embora esse resto já me tire algumas noites de sono.
O isolamento é monótono e ao mesmo tempo o turbilhão de emoções é tão, mas tão grande que é impossível ter dois dias iguais.
E desse lado, qual é o sentimento?
Hang in there! 💚